20.1.13

Dia 6 - Retribuir e dia 7 - EcoSabático (no impact experience)

Finalmente os últimos dias da "No impact experience". Troquei a ordem do dia 6 e 7 porque me dava mais jeito.


O dia 6 do projecto é dedicado à Retribuição, aos outros e à comunidade. Este dia, que para mim foi no domingo passado, foi dedicado ao trabalho da associação que faço parte, a tentar ter ideias para este ano, e conseguir a sua sustentabilidade. Dediquei o dia a passar para o papel um projeto a realizar lá mais para o final do ano, e que espero contribua para a auto-estima e reconhecimento público de algumas "heroínas " do dia-a-dia. Quando puder, depois conto mais pormenores....

Sempre estive ligada mais ao"social" do que ao "ambiental",e , para além de gostar de ser voluntária, é também nesta área que quero que o meu percurso profissional prossiga. No entanto, podia sempre contribuir mais, por exemplo, às vezes sou um bocado indiferente a quem pede esmola, aí não me costumo envolver muito, não gosto muito da ideia da "caridadezinha" mas mais da ideia de inclusão e solidariedade (ao contrário da Jonet...lol) e isso constrói-se com esforço e não num segundo. Acabo por contribuir mais com tempo do que com dinheiro.





Quanto ao dia 7, que para mim foi no sábado passado, seria o Eco-Sabático. Neste dia é suposto descansar, não consumir, desligar os electrodomésticos, passar tempo com a família e amigos, desligar de tudo e fazer a reflexão desta semana. 

Tentei não ligar o computador (é um vicio: ver os blogues e ir ao Facebook), fui ao cinema sozinha - que foi o meu momento comigo - e depois fui a casa de uma amiga, que recebeu a visita de outra amiga e do seu bebé, e acabei por passar a tarde e a noite com elas, a pôr a conversa em dia e a brincar com o R*. Foi realmente um sábado muito zen :)

Agora é melhorar pequenos hábitos no meu dia-a-dia, à semelhnça do que me esforcei para fazer esta semana.



16.1.13

Dia 6 - Água (no impact experience)

O 6º dia do projecto é dedicado ao tema da água.

Não tinha bem parado para pensar, que para além de usarmos água para tudo no nosso dia-a-dia (beber, lavar, cozinhar,...), esta também está presente na produção de muitas das coisas que compramos. Por isso, a somar à nossa ideia de poupança de água no nosso quotidiano, há ainda que somar os gastos indirectos.


Há pequenos hábitos que posso melhorar: colocar garrafa de plástico no autoclismo, aproveitar a água do banho enquanto esta aquece, fechar sempre a água enquanto lavo os dentes, etc...

Quanto falta a água é que lhe damos mesmo valor:



13.1.13

Dia 5 - Energia (no impact experience)




 
A energia é outro dos temas críticos neste projecto. Nas últimas décadas houve um boom no consumo energético, tudo funciona a electricidade, petróleo, baterias, gás, etc. A energia está cada vez mais cara.... e a sua produção tem um impacto muito elevado sobre o ambiente... por isso, há mesmo que reduzir.

Por aqui tentamos reduzir mas podiamos fazer mais: usamos lâmpadas economizadoras e led's, luzes acessas só quando são mesmo necessárias (dar dinheiro à EDP irrita-me particularmente), a temperatura da máquina da roupa anda pelo 30º/40º consoante o tipo de roupa, a máquina d e lavar loiça está sempre no programa BIO.

No entanto, se calhar usamos demasiadas vezes o forno (tenho de me lembrar de começar a apagá-lo antes da comida estar pronta e pôr mais vezes tampas nas panelas), devíamos estar mais atentos aos electrodomésticos em stand by da casa, no inverno usamos o aquecedor mais para tirar a humidade da casa (que por aqui é muita) do que para aquecer - para isso há roupa quentinha, cobertores e o fantástico saco de água quente -  e, à noite, costumamos ter 2 portáteis ligados e a televisão e nisso também devíamos reduzir.

Dia 4 - Alimentação (no impact experience)

Neste projecto, acho que o tema da alimentação é um dos mais difíceis de se controlar e que exige um maior esforço.

A ideia é pegar na lista do que comemos ontem e calcular o nosso impacto ambiental: comemos algo que cresceu num raio de 400km? Que quantidade de carne inorgânica e produtos lácteos consumimos?
Para o futuro, devemos escolher cinco coisas de ontem que não foram produzidas no sítio onde vivemos e tentar mudá-las para coisas locais. Tentar ser vegetariana, comer localmente, com produtos biológicos ou simplesmente reduzir a quantidade de carne que consumimos.

O que comi:
pão com manteiga e fiambre  (pão comprado no mercado, produzido localmente - a farinha não sei de onde veio -, manteiga dos açores e fiambre de um porco português, mas não sei de onde ele era)
descafeinado (era da Delta, mas não sei de onde veio o café)

bacalhau com legumes (o bacalhau deve ter vindo da Noruega mas pelo menos os legumes foram comprados a produtores na feira e vindos do quintal dos meus sogros, em nenhum dos casos devem ser biológicos)
Azeite (bio...produzido pelos pais... :)

pão com doce de abóbora (doce feito por uma colega de trabalho, com abóbora do seu quintal...bio e local portanto)

arroz de espinafres com bife de peru ( não sei de onde veio o arroz e o peru, esperamos que pelos menos sejam portugueses)

tangerina (do mercado local)

banana (estas devem ter vindo de longe, mas não há bananas locais e por aqui somos mesmo fãs)
chocolate (também não sei de onde veio...mas soa-me que de longe)



Primeiro, só saber a origem da comida é algo muito difícil...o que compro no supermercado não sei de onde vem... pelo menos tento comprar produtos portugueses (por está indicado nas placas ou código de barras) mas saber se foi produzido localmente é quase impossivel. Vou tentar comprar mais em mercados, um dia hei-de ir aos bio, e nas lojas locais.

Ando para comprar um daqueles cabazes biológicos de legumes, vindos directamente do produtor, mas ainda não o fiz. Combinei com uma amiga começarmos a comprar, a dividir pelas duas casas... Podem ver mais informações através do site PROVE.
 
Normalmente os produtos bio são caros, principalmente de falarmos de carne. Nunca costumo comprar carne biológica mas vou pelo menos tentar diminuir o consumo de carne... até me assustei ao ler este post e perceber o impacto ambiental que tem a produção de carne.

Esta semana comprei seitan e granulado de soja para variar, vai ser a primeira vez que os vou cozinhar. Fica aqui prometido que, pela menos uma vez por semana, vamos fazer refeições vegetarianas.

Vou tentar também passar na Loja de Comércio Justo e aí comprar o chocolate e o café...  que são pelo menos os produtos que vêm de mais longe e que assim garanto que produtores receberam o valor justo pelos seus produtos.

9.1.13

Dia 3 - Transportes (no impact experience)

Ontem o dia foi dedicado à reflexão sobre os transportes que utilizamos.


Eu, durante a semana, ando basicamente de autocarro e metro. Podia utilizar apenas um dele e andar mais tempo a pé, mas por uma questão de tempo convem-me usar os dois. Podia ir de bicicleta para o trabalho, normalmente vou quando há greve de transportes e acabo por demorar o mesmo tempo ou talvez 5 minutos a menos. Não entanto, dou demasiado preguiçosa para ir todos os dias... para lá não custa, mas a volta é sempre a subir....e a minha preparação física não é lá grande coisa. Talvez no Verão comece a ir mais vezes de bicicleta para o trabalho.

No entanto também é bom andar de autocarro, porque aquele que passa aqui no bairro já esteve em risco de desaparecer, não costuma ir a abarrotar (os números é que contam sempre) mas é mesmo essencial para as pessoas idosas do bairro conseguirem ir ao médico, à loja, aos correios, à igreja, etc...

Quanto aos fins de semana, é quando ando de carro, embora também ande de bicicleta. Pelo jeitoso só andávamos de bicicleta mas há certa distâncias e percursos que para mim são demais.

Para preparámos a próxima tarefa, tínhamos de escrever o que comemos ao longo do dia. Aqui fica:
pão com manteiga e fiambre
descafeinado
bacalhau com legumes
pão com doce de abóbora
arroz de espinafres com bife de peru
tangerina
banana
chocolate

 ;)

7.1.13

dia 2 - Lixo (no impact experience)

A 2ªfeira é dedicada à reflexão sobre o lixo que fazemos diariamente.

Ontem achei que fiz lixo demais, hoje tentei reduzir ao máximo.


Também tentei não consumir nada mas não resisti e bebi um café de manhã e um chocolate quente à tarde, na máquina da Delta (pelo menos é uma marca que acho ética) que existe lá no trabalho.  Gastei 0.60€ e deitei fora 2 copos de plástico e 2 colheres de plástico (é um desperdício mas tirando da máquina não dá para usar caneca como faço com a água ou o chá). Amanhã vou tentar levar um frasco com café e açúcar para o trabalho.

Também achei que gastei demasiados guardanapos (1 sandes da manhã; 2. almoço; 3. maçã; 4. papel para limpar as mãos quando fui à casa de banho - na 2ª vez enxuguei as mãos ao ar e ao casaco...enfim...salvei mais dois ou três guardanapos). Em casa, ao jantar, recomecei a utilizar guarnapos de pano, como já tinha feito em tempos.

No trabalho, imprimi algumas folhas mas só mesmo o necessário. Como eram documentos para mim, imprimi 2 páginas por folha. Como a impressora é para muita gente não posso colocar papel de rascunho, mas costumo guardá-lo e reutilizá-lo. Li ainda no guia que se pode utilizar um tipo de letra que gasta menos tinta e amanhã vou pedir ao helpdesk para ver se a podem instalar. 

As coisas que acho que são mesmo desperdício são embalagens/ invólucros, muitos dos itens que compramos estão envolvidos em mais do que um material, que podem garantir a segurança e higiene dos mesmos mas muitas vezes são em excesso.

E por hoje é isto...que estou sem energia para mais.

6.1.13

Dia 1 - consumo (no impact experience)

Então, começando esta experiência, o dia 1 é dedicado à reflexão sobre o consumo e os nossos hábitos nesta área.  Os passos sugeridos são os seguintes:


1. Escrever a lista de tudo o que precisamos comprar esta semana. Riscar as coisas que podemos passar sem elas durante a semana. Para o resto devemos ver se encontramos alternativas à sua compra, nomeadamente pedindo emprestado, fazendo nós mesmos, ou, pelo menos, comprando em segunda-mão.

A minha lista
- Sapatos de alto alto para o trabalho, de modo a aproveitar os saldos
- Comprar um casaco-abrigo mais quente
- Blusas

- Peixe
- Cafés matinais
- Almoço
- Pão, ovos, legumes, cuecas

Estes 4 itens comprei logo de manhã, antes de fazer esta lista. Fui ao mercado local, espero ter comprado aos produtores - não tive oportunidade de perguntar. As cuecas podiam não ter comprado esta semana mas aproveitei a oportunidade. Com as compras de hoje preparei-me para não comprar mais nada esta semana.

Alternativas às coisas riscadas?
- Queria ir aproveitar os saldos porque preciso de comprar roupa para usar no trabalho. Há uns tempos atrás destralhei o meu armário e dei tudo o que não usava há mais de um/dois anos. Fiquei só com o essencial, e por isso precisava de mais umas peças. No que se refere à roupa não sou muito adepta do 2ª mão, acho que nunca encontro nada de jeito. Talvez encontre alguma amiga generosa que me dê ou troque roupas que já não precise/sirvam...vamos ver.
- O peixe posso comprar noutra semana. Vou gastar o que tenho em casa.
- Cafés matinais...hummm sabem tão bem quando chego ao trabalho, é algo que me reconforta e me dá ânimo para começar a trabalhar... mas consigo viver sem eles.
- Almoço, 60% dos dias levo almoço, mas nem sempre a comida que faço ao jantar é apropriada para levar para o almoço. No entanto, esta semana vou esforçar-me mais.


2. Colocar um saco num canto da casa onde iremos colocar todo o lixo que fizermos, mesmo o reciclável mas só o nosso. Parece que o vamos ter de usar para a tarefa de amanhã. 

Não coloquei um saco num canto da casa. Ontem deitei todo o lixo fora e hoje estou a pôr normalmente no caixote de lixo e nos caixotes de reciclagem. Não é só meu, é também do jeitoso, mas estamos a participar os 2 na experiência.

O lixo de hoje foi basicamente ligado às refeições: cascas de laranja depois de feito um suminho para o pequeno-almoço; restos do almoço - espinhas e pele do bacalhau, cascas de batata e restos das folhas dos bróculos. Para usar o que restou das laranjas do sumo da manhã, resolvi fazer um bolo (usei o mosto da laranja e as raspas das cascas). No entanto, apesar de nos termos deliciado com ele, fiquei a sentir-me um bocado mal porque para aproveitar uns restos gastei muito mais coisas e electricidade...o que se formos a ver  não compensa.
bolo de laranja

Antes de jantar era este o lixo que estava no saco:

Depois resolvi fazer o jantar e as próximas refeições:
bacalhau com legumes no forno
E para fazer este tabuleiro, produzi este lixo...oh my god!:





Para além disto tudo, ainda faz parte do saco duas garrafas de plástico (coca-cola, leite) e cupões do mini-preço ( que nem dão para aproveitar para rascunhos, porque vêm todos escritos por trás).

Achei que produzimos demasiado lixo orgânico, que podia ser aproveitado se tivesse umas galinhas, uns porcos....lol...ou fizesse compostagem. Quanto ao não orgânico, podemos aproveitar algumas coisas para reutilizar de alguma forma (haja criatividade), mas não podemos ir acumulando tudo.



3. Esta semana tentar ao máximo não comprar coisas novas e experimentar não gastar tempo ou dinheiro em compras e aproveitar esse tempo para estar com a família e amigos.

Vou mesmo tentar não comprar coisas novas...mas não acho que isso vá fazer com que tenha mais tempo para a família e amigos... não passo muito tempo a comprar coisas. E mesmo às vezes, quando  me apetece ir às compras, a maior parte das vezes nem compro nada, ou porque não gosto de nada, ou porque quero ver outras alternativas e ...como não compro por impulso, logo...acabo por me esquecer que queria mesmo aquelas coisas naquele momento.


4. Reflectir sobre a dificuldade  que é não comprar coisas.

Acho que não devemos prescindir do novo conforto... os nossos avós tinham um consumo muito reduzido e, para além de ser um acto ecológico, era também um sinal de pobreza. Consigo comprar só o essencial, embora às vezes me apeteça comprar coisas que me façam sentir bem. Acho sempre que a receita é o equilíbrio. Apesar de acreditar numa sociedade mais colaborativa, e acreditar em alternativas, vivemos numa economia em que as pessoas trabalham, produzem, vendem e compram para sobreviverem. Mas como há muita gente viciada em compras e sem estas preocupações existenciais, vou fazer o máximo do que puder, embora sem exageros. Acho sempre que isto é como as dietas, reduções drásticas faz-nos voltar ao mesmo ou pior passado uns tempos, o segredo é manter uma "alimentação equilibrada" e hábitos saudáveis. É isso que vou tentar aqui...encontrar hábitos mais ecológicos.

Queria, por exemplo, começar a fazer sabonetes e detergentes, e assim eliminar um pouco os químicos que acabamos por usar em demasia no dia-a-dia.

Acho sempre que o que ia melhorar mesmo a minha vida enquanto consumidora, era ter alguém que me fizesse a papinha toda, e  me dissesse quais as empresas em Portugal com as melhores e piores práticas ecológicas e "humanas",  um pouco como a Ethisphere, para não estar sempre a pensar que marcas comprar, se estou a financiar exploradores de criancinhas na Índia ou cosméticos testados em animais, etc...

5. Responder ao inquérito de pré-experiência se ainda não o fizeste. 
Não o encontro...mas vou procurar melhor.

5.1.13

Tarde zen...

Hoje a tarde foi por aqui...

 
 






... no Buddha Eden Garden.

Depois da destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, Jo Berardo decidiu construir este jardim oriental, prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais.

As peças foram construídas em pedra portuguesa, que foi levada para a China para ser esculpida. Voltaram em peças que foram posteriormente montadas ou, as mais pequenas, já finalizadas.

Paga-se 2€ para visitar o jardim e recebe-se à saída, como oferta, uma garrafa de vinho da Quinta da Bacalhôa, proprietária da herdade onde se encontra o jardim.

3.1.13

Qual o nosso impacto?




Fui desafiada pela bloguer do WISE UP para participar numa experiência: The No Impact Experiment.

O objectivo é, durante uma semana, mudar alguns dos nossos hábitos numa perspectiva mais sustentável e ecológica. É apenas uma semana, mais para tomarmos consciência de pequenas coisas que podemos mudar no nosso dia-a-dia do que fazer uma mudança radical (talvez com o tempo nos fiquem alguns hábitos).  Acho que já somos 5 pessoas, pelo menos, que vamos começar esta experiência no próximo domingo, dia 6 de Janeiro.

Para conseguir isto, quando nos inscrevemos no site internacional do projecto, recebemos um mini-guia de apoio com os passos diários que devemos dar....coisas muito simples (ex: substituir os post-it por papel de rascunho). Nós, por aqui, vamos partilhar a nossa experiência no blogue Wise Up, e eu também aqui no blogue.


Quem quer participar nesta experiência connosco?

2.1.13

desilusões na cidade...

Aproveitando o meu último dia de férias, depois desta época festiva, resolvi ir até Belém.


Fui ao Museu da Electricidade ver a exposição “Riso: Uma Exposição a Sério”. Não achei grande piada sinceramente. Se calhar há assuntos que não vale a pena fazer uma exposição, porque ficará sempre aquém do tema em si.



Ia também com a ideia de ir ao Museu de Arte Antiga Popular, andava já há anos para ir lá. No entanto, foi pura perda de tempo. Estava aberto só com uma micro-exposição. Pelo que a funcionária me explicou o espólio todo do museu está na reserva do Museu de Etnologia. Aí é que fiquei mesmo confusa... e se é para poupar porque têm um museu aberto com uma funcionária e dois seguranças se a exposição permanente não está lá? Se é para cortar, cortavam tudo, não? E se foi para outro museu, o que me parece bem juntar recursos...porque foi para a reserva? Para morrer? Para ninguém ver?

Há coisas que não consigo perceber...