29.3.13

Tempo de renovação...


Muitas práticas pagãs foram sendo assimiladas pelo cristianismo e por outras religiões, que acabaram por adaptar muitas das celebrações anteriores. 






Nesta altura comemora-se a chegada da Primavera celebrada pelos antigos povos pagãos da Europa, através da veneração à deusa da primavera – Eostre (Ostera), representada pela figura de uma mulher que observa um coelho e segura um ovo nas mãos, todos elementos simbólicos do ideal de fertilidade e de renovação.



Para os judeus, antes mesmo do nascimento de Jesus, a páscoa - Pessach - já era celebrada e tinha outro sentido: o de liberdade e de passagem após anos de escravidão no Egito, quando Deus enviou dez pragas sobre o povo do Egito e depois de todas elas o faraó libertou os escravos - judeus. 




Os cristãos católicos, na Páscoa, celebram a ressurreição de Jesus, depois da sua morte três dias antes por crucificação. Este é um momento crucial para esta religião e teria ocorrido nesta época do ano (celebra-se no primeiro domingo após a primeira lua cheia a partir do inicio da primavera).



Também nesta altura, o hinduísmo celebra o Holi ou Festival das Cores, que é um festival que se realiza na Índia e que comemora a chegada da Primavera. Neste dia, as pessoas atiram tintas das mais diversas cores umas às outras. Esta brincadeira começa quando crianças atiram as tintas aos pais e irmãos sendo que, no final, todos estão completamente pintados e coloridos.

Em qualquer uma destas 4 filosofias celebra-se a passagem, a mudança, a renovação

27.3.13

Canto preferido da casa...



O meu cantinho preferido cá em casa é o recanto do sofá, onde me encosto quando me sento no chão. Um sofá tão grande e sento-me no chão.... manias.


 Qual é o vosso canto preferido da casa?

17.3.13

Medo, muito medo









Medo, muito medo... do que está a acontecer no Chipre.

O Eurogrupo aprovou um pacote de ajuda mas com condições:

os depósitos com mais de 100.000 euros irão pagar um imposto extraordinário de 9.9%,  e 6,7 %  se for inferior a esse valor, ou seja, o governo vai tirar diretamente à conta bancária de todos os cidadãos.

Para além de ser um roubo descarado, isto traz uma instabilidade e insegurança total. Não costumo ser pessismista, mas a Europa está a ir por um caminho muito, muito perigoso.

15.3.13

Uma Flor contra o Racismo

Mais uma vez a Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA) irá fazer uma campanha para assinalar o dia Internacional de Luta pela eliminação de todas as formas de Discriminação Racial. A campanha intitula-se “Uma flor contra o racismo” e consiste na distribuição de flores com uma mensagem contra o racismo, nos transportes públicos, nas instituições públicas, nas escolas, nos Centros de Dia, etc. 
Também a Associação de Apoio ao Cidadão Migrante (AMIGrante) de Leiria aderiu à campanha e lança o desafio :
de 21 a 28 de março coloca uma flor, com uma mensagem contra o racismo num local público à tua escolha. Fotografa este teu gesto e envia a fotografia para clai.leiria@gmail.com. Todas as fotografias enviadas serão reencaminhadas para página do Facebook do evento.

Não tem de ser uma flor verdadeira, pode ser de papel ou outro material, pode ser um postal com flores,...a imaginação é o limite.
Algumas ideias para se inspirarem:


 


 

12.3.13

Habemus Papa?

Não sou católica, mas gosto de religiões. O meu lema é mais o do Ziggy Marley  # love is my religion #.

No entanto gosto de opinar... assim só pelos 3 minutos que passei a ver os candidatos a Papa, por mim elego o simpático Luis Tangle. Este cardeal é dos mais jovens (55 anos), é filipino (sempre descentraliza apesar de ficar tudo no Vaticano à mesma) e é conhecido pelo sorriso permanente. Eu por mim quero um Papa fofinho, que saiba dialogar.





Andam também a falar num candidato brasileiro com fortes probabilidades de se tornar Papa, no entanto o senhor dá-me um bocado medo, parece que é ultra-conservador. Se for para ser brasileiro, preferia antes o


João Braz de Avis, que também tem um ar simpático (que para mim é o critério essencial..lol) e andou a trabalhar nas favelas.


Sou só eu que acho que esta eleição não é nada democrática e nada representativa da comunidade católica? 

5.3.13

Quem é que tu pensas que és?


Um dos programas televisivos que mais gosto actualmente, e que por acaso acho que hoje dá precisamente o último episódio- é o programa da RTP "Quem é que tu pensas que és".



Em cada episódio, uma personalidade diferente enceta uma intensa pesquisa sobre as suas origens e histórias familiares, com a construção e análise da sua árvore genealógica, que vamos acompanhando ao longo do programa. Simultaneamente vamos conhecendo a época em que viveram os antepassados destes "famosos" mas também recebendo pistas para conhecermos o nosso próprio passado.

Por exemplo, descobri que alguns arquivos distritais têm alguns documentos digitalizados e online (pena que não tenham os que preciso para investigar a minha própria família - Minde, Casével).

Sempre gostei deste tipo de coisas, histórias familiares e afins. No final do ano passado, devido ao lema deste blogue (escrever porque sou esquecida) resolvi começar a fazer um livro com a história da minha família. No Natal, andei a chatear os meus familiares para me darem dados, factos e mitos dos antepassados da família. Só é pena que não tenha começado há mais tempo, uma vez que a geração dos meus avós já morreu, e com ela morreram a maioria das histórias. 

Um dia, quando tiver tempo e dinheiro, vou procurar as certidões de nascimento, casamento e óbito. Entretanto vou insistindo com os vivos para me darem pormenores.

É muito giro perceber as épocas, os contextos, as profissões, as tragédias (ex: o meu tio-avô, casado, andava enrolado com a criada; quando ela quis acabar com o affair, matou-a e suicidou-se em seguida), os dramas (pela primeira vez ouvi falar numa trisavó que se chamava Martha, que teve um filho aos 25 anos, e depois voltou a engravidar aos 48 e aos 50 anos - que só por si é um feito -  mas que apenas por isso o filho primogénito cortou laços com a família), as alcunhas, as peculiaridades ( um trisavô, que tinha a alcunha de "Rimaleiro", usava samarra no Inverno mas também no Verão, dizia que guardava o frio e o calor), etc.

É bom ter asas...mas também é bom ter raízes, conhecer a nossa história, em que nossa identidade em parte se baseia. 


“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio.

Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar.

Precisamos das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.

Bendito quem tem asas e raízes; e pobre de quem tem apenas um dos dois." Paulo Coelho