Final do ano
e fazemos todos o balanço do ano que passou e começamos a formular objetivos
para o ano seguinte. É apenas a continuação do calendário mas acaba por ser a renovação
da esperança, que nos dá alento e energia para os meses seguintes, para
enfrentarmos a rotina durante mais uns tempos, com o sonho de novas
oportunidades.
Apesar de
ter feito uma lista de objetivos muito práticos para 2015, mesmo assim só devo
ter cumprido metade. Contudo, as melhores coisas do ano são sempre aquelas que
não se previram. No entanto, é bom tem um ponto de partida e ficar contente com
as pequenas coisas que conseguimos.
A
nível profissional foi um ano de crescimento. Adquiri experiência e
competências que não tinha. Analisei candidaturas a fundos comunitários (e gostei
muito), acompanhei projetos estruturados, aprendi sobre planificação, sobre
monitorização de resultados, sobre o poder local. Quase no final do ano, a
minha coordenadora saiu e fiquei sozinha. Para 2016 prevejo um declínio da
minha serenidade, sei que vão surgir novos desafios embora não sejam os que me interessam.
Deixa-me triste a direção que a instituição está a tomar e as prioridades
assumidas, que já não vão de encontro às minhas. Neste sentido não tenho
esperança de melhoras no futuro próximo. Talvez seja a altura de analisar a
minha carreira e ver que rumo tomar, algo que era um objetivo para 2015 e
acabei por não fazer por ter sido um ano muito interessante.
A nível
familiar, também foi bastante bom. Acompanhei o crescimento da minha filha, sem
incidentes pelo meio, muitas gargalhadas e brincadeiras. Ninguém da família
morreu ou ficou gravemente doente, o que por si só já faz de 2015 um bom ano. No
entanto, surgiram pequenos conflitos mais vezes, devido basicamente ao cansaço
extremo. Aprecio as pessoas que conciliam bem todas as esferas da vida e sempre
com energia…eu não consigo… concilio o melhor que posso, mas tenho sempre a
sensação que precisava de um “red bull”.
O primeiro
objetivo da minha lista que era viajar para o estrangeiro não se concretizou…por
isso vai continuar na lista para 2016. Preciso mesmo de ver coisas novas, ouvir
outras línguas, outras formas de pensar…até para conseguir colocar as coisas em
perspetiva e para valorizar o dia-a-dia.
Que plano
terá para mim o destino em 2016? Não sei. No entanto, a palavra que escolho
para me guiar no próximo ano é SERENIDADE. Sei que vou ter novos desafios e exigências,
que me vão fazer ficar ansiosa e no limite, e eu só espero encontrar energia e
sabedoria para lidar com tudo. Quero ter força para dizer “Não” quando a
situação o exigir, saber expressar os meus sentimentos e manter a minha saúde
mental.
E quero
paz, e tempo para mim.