Como não só de vestidos vive a Humanidade, este ano os Óscares tiveram uma forte vertente ativista e foram vários os assuntos tratados:
- Igualdade de salários entre sexos - Patricia Arquette
- Privacidade e democracia - no âmbito do documentário sobre o Snowden
- Igualdade de direitos, discriminação - John Legend
- Imigração - Alejandro Gonzalez Inarritu
- Direitos sexuais, suicídio, direito à diferença. - Graham Moore
O momento do Graham Moore foi o que mais me tocou, dado que relacionou a sua história com a o Turing (filme O jogo da Imitação), partilhando que se tentou suicidar aos 16 anos. Dedicou a sua vitória aos miudos que se sentem estranhos, diferentes dos outros, que não se encaixam em lado nenhum e acaba por
exortar todos a essa condição de "ser diferente".
Choca-me muito em pleno século XXI, no mundo ocidental, que todas estas questões sejam ainda pertinentes. Que ainda não se tenha chegado a um patamar civilizacional que garanta os direitos iguais para todos, ao mesmo tempo que se valoriza a diversidade.
Como diz o Boaventura sousa Santos:
“Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos
inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos
descaracteriza. As pessoas querem ser iguais, mas querem respeitadas
suas diferenças. Ou seja, querem participar, mas querem também que suas
diferenças sejam reconhecidas e respeitadas.”
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