29.7.11

Suspense - parte II



Vou repetir o post de 12 de Julho.

"Os big boss foram todos para uma reunião para saberem o seu futuro  e o do nosso instituto público... Dentro de momentos o que será que vai mudar? Será que virão novos boys para os jobs? Será que vamos ser fundidos com outros? Será que alguém vai ficar sem emprego?

A emissão segue dentro em breve...


PS - decisão adiada até ao final do mês, mas certeza de cortes e reestruturações...Ficamos a aguardar."


Chegou o final do mês...daqui a umas horas dou novidades, se as houver... 


PS- BALANÇO: 3 que estavam destacados voltam à instituição de origem, 3 despedidos...os outros a aguardar...

28.7.11

So nice...

Recordar é viver...





Hoje estive a falar com uma amiga da faculdade e deu-nos umas saudades dos tempos que tirámos a licenciatura no ISCTE.

Claro que cada um acha que a sua universidade é especial e única porque foi lá que viveu momentos inesquecíveis…mas o ISCTE é mesmo especial….lol.

Em que universidade lisboeta há uma diversidade cultural-social tão grande? Como as outras estão divididas em faculdades, as tribos em cada uma ficam mais uniformes. No ISCTE não, é tudo ao molhe, há os freaks-dreads-hippies de Antropologia e Sociologia, há os betos de Gestão e Economia, há os jeitosos-criativos de Arquitectura, há os geeks e nerds de Informática… e claro, que há a imensa população que não se encaixa em nenhum destes meus estereótipos.

No entanto, sempre achei que os Iscterianos tinham todos em comum um certo gosto pela liberdade e pela descontracção, tudo muito boa onda…Onde mais houve uma planta de cannabis no pátio? E as festas? As festas do ISCTE eram as melhores naquele tempo.

Fiz lá a licenciatura, frequentei uma pós-graduação que acabei por desistir (não sei onde tinha a cabeça quando me fui inscrever em estatística), foi onde frequentei posteriormente aulas de russo…(depois traí o ISCTE e fui para a FCSH fazer a pós-graduação/mestrado em Migrações). Foi no ISCTE que encontrei as minhas amigas para a vida, que ganhei espírito crítico, que comecei a acreditar que se lutarmos até conseguimos mudar um bocadinho o sistema, e tantas outras coisas que aprendi…se formos a ver bem, as teorias sociológicas e afins foi o menos importante.

As vantagens de ser introvertido


Sempre fui introvertida, é um dos pilares da minha personalidade. Não escolhi ser assim mas realmente é a minha essência. Durante anos detestei este meu traço porque as pessoas chateavam-me muito a cabeça e faziam-me sentir mal. Quem é Intro já ouviu milhares de vezes “não fales tanto”, que aí é que o pessoal fica calado… a frustração de não ter uma reposta rápida, na ponta da língua , e o teu cérebro ficar em branco…embora passado um tempo depois te venha à cabeça a resposta perfeita.

Há uns anos atrás li “ As vantagens de ser introvertido” de Marti Olsen Laney e fez-se luz na minha cabeça, descobri que era uma introvertida normal e isso trouxe-me o maior dos alívios. 

O paradigma actual da sociedade ocidental é o da extroversão, há 3 extrovertidos para 1 introvertido, o mundo capitalista valoriza a extroversão, a agitação, o barulho, …por isso é normal que os Intros se sintam um pouco fora de água.

A introversão é, na sua raiz, um tipo de temperamento ( até a nível cerebral, extro e intros têm diferenças, a nível do caminho dos circuitos por onde passam as mensagens ).  Não é a mesma coisa que a timidez, não é algo que se possa alterar, mas pode-se aprender a lidar com ela. 

A característica mais distinta dos Intros é a sua fonte de energia: os Intros retiram a sua energia do seu mundo interno de ideias, emoções e impressões. Pelo contrário, os extrovertidos são estimulados pelo mundo exterior (actividades, pessoas, ..): por exemplo, ficam com mais energia quando falam com as outras pessoas.

Os Intros detestam conversa de chacha, mas se tiver em causa um assunto que dominam vão falar até mais não. Os Intros não falam só por falar, por isso são vistos normalmente como distantes e misteriosos, o que por vezes é também confundido com antipatia.

Muitos Intros não sentem que sabem o suficiente acerca de um determinado assunto até saberem quase tudo. Isto acontece por 3 razões:
1º - Conseguem imaginar a vastidão de qualquer tema;
2º - Já tiveram a experiência do seu cérebro paralisado e em branco e aí tentam preparar-se em excesso;
3º - Como não falam frequentemente daquilo que estão a pensar, não recebem nenhum feedback que os ajude a obter uma perspectiva concreta sobre o que sabem realmente.

Optam por fazer tudo com os seus próprios recursos, por sua própria iniciativa e à sua maneira. Muitas pessoas preferem passar o tempo sozinhas, trabalham melhor de forma independente do que em grupo, e gostam de celebrar os seus anos com os amigos mais próximos e não com grandes grupos. Por isso, tendem a ser classificados como egoístas e individualistas, o que pode não ser verdade. A autora diz que os introvertidos tendem a ser joviais, determinados, bons ouvintes, pensadores criativos e com muito conhecimento sobre si mesmos. “Os introvertidos têm a mente aberta. Eles expressam-se melhor pela escrita do que oralmente”

Marti Laney recomenda que os introvertidos recuperem sua energia física tirando folgas ou passando algum tempo sozinhos para eliminar os estímulos extras e não serem dominados ou sentirem a necessidade de mudar a própria personalidade. No seu livro dá montes de dicas para se tirar vantagem da introversão, em diferentes áreas da vida. Recomendo a sua leitura tanto a intros como a extros, para se compreenderem melhor mutuamente.

27.7.11

compras literárias...

Não posso ir à FNAC que me desgraço.

Hoje foi "Diários de Motocicleta" do Che Guevara... para alimentar o meu sonho de ir percorrer a América Latina...
 e "O apocalipse dos trabalhadores" de Valter Hugo Mãe. A semana passada li uma entrevista dele numa revista e vi um excerto também na televisão e pareceu-me uma pessoa muito interessante, fiquei curiosa para conhecer a escrita dele...depois dou feedback.

26.7.11

"Tenho esclerose múltipla mas não todos os dias"

A minha melhor amiga tem esclerose múltipla. (EM) 



Esta é uma doença que surge 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos: ela descobriu quando tinha 25, há cerca de 5 anos atrás.

A EM é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa, que afecta o Sistema Nervoso Central. Como tem sintomas idênticos aos de outras patologias é difícil detectar a patologia. 


 Os sintomas que a minha amiga às vezes apresenta (existem outros):
- Uma fadiga extrema, está sempre cansada, o que, por vezes, se torna muito difícil para as pessoas em redor compreenderem, eu inclusive. Quando a convido para qualquer actividade fico sempre a pensar se não é demais para ela, se estou a insistir demais, se vai ficar frustrada por não ter energia para fazer alguma coisa. Ela também é um pouco mimada e às vezes é difícil saber o limite, se está só a fazer fita ou se não consegue mesmo, é preciso ajudá-la a não se resignar e a mexer-se um pouco.

 - inflamação do nervo óptico. Quando tem surtos, durante uns dias queixa-se de visão turva, embaciada.

-  Perda da força muscular nos braços e pernas, agora ainda ligeira mas que deverá aumentar com o tempo. Actualmente fica com partes do corpo dormentes...mas o maior receio, e com muitas probabilidades de acontecer, é de só se conseguir movimentar numa cadeira de rodas daqui a alguns anos.

-  tendência para infecções urinárias

- depressão, que surge frequentemente como uma reacção contra o facto de ter de aprender a lidar com a doença…e por vezes não se ser capaz... o que é compreensível.

Todos estes efeitos afectam totalmente a vida de uma pessoa, e não é fácil conseguir lidar com eles. Tenho esperança, e com a ajuda da família e dos amigos, que com o tempo acabará por aprender a lidar com estes efeitos e a tentar compensá-los de outra forma, realizando coisas de que ainda é capaz e descobrindo novas capacidades… mas sei que fica sempre à espreita a frustração do que não se consegue fazer.

Apesar das grandes pesquisas efectuadas, ainda não se sabe quais são as causas da EM e também não se sabe a cura. No entanto, actualmente existem já conhecimentos sobre a forma de lidar com a EM em surtos e vai havendo tratamentos experimentais que retardam a doença.

Dia dos avós...


Parece que hoje é dia dos avós. Já falei aqui da minha avó Rosa e como foi fundamental na minha vida. Hoje vou falar no meu avô Pires  (não sei porque não tratávamos por avô António).  


Bebia uns copitos…sempre bem-disposto e a dizer graças…. A meter-se com as meninas (as minhas tias a morrerem de vergonha)… e era conhecido pela sua Canção da Bicicleta que cantava sempre em festas, casamentos e afins. Acho que a minha prima tem a letra guardada, eu não me lembro já bem como era…mas era a dar para o muito brejeiro, falava em virgindade, em sexo, em relações mas tudo com a metáfora da bicicleta. Um dia se encontrar a letra ponho aqui. Mas era um mega sucesso entre os amigos e conhecidos, lembro-me sempre de estarem a pedir para a cantar e a minha avó e tias sempre a morrerem de vergonha mais uma vez.

Andava sempre de pasteleira, com a minha avó sentada atrás. Tinha sido sacristão em jovem e sabia de cor a missa toda em latim. Comprava a Nova Gente para ver a programação da televisão mas na realidade era para ver as fofocas das figuras públicas para poder dizer mal. Apesar de eu fazer anos em Abril, dava-me a prenda só em Agosto, que é quando o meu irmão e prima fazem anos, assim dava a todos os netos ao mesmo tempo...enfim.

O meu avô foi quase toda a vida pastor e depois passou a guarda nocturno de uma fábrica. Quando íamos passear para mais longe, lembro-me de termos de vir sempre por volta às 6h da tarde para o meu avô “ir acender as luzes”…da fábrica. Mesmo quando não estava a trabalhar ia lá dar uma volta e deixava as luzes acesas de noite para afastar os ladrões. No entanto, não dizia que ia trabalhar, dizia que tinha de ir acender as luzes. Durante anos pensei que era o meu avô que acendia os candeeiros da rua. Era sempre ao fim do dia que ele ia, e passando um bocado ficava de noite e as luzes da rua acendiam-se…e eu fiz essa associação tão poética.

25.7.11

Alentejo que se abre ao mar...

Acabei por não ver as vossas sugestões e em vez de ir para o Alto Alentejo decidi ir para o Sudoeste, para a zona da Zambujeira do Mar, onde o Alentejo se encontra com o mar. Fomos numa de aventura – campismo selvagem – e começou logo com um furo no pneu à chegada, de madrugada, no meio da mata. Mas tranquilo… A nossa comunhão com a natureza é tão grande que passámos a manhã a dormir, sabe-se lá como conseguimos. Sei que quando acordámos começou o contra-relógio. Colocar o pneu suplente, que estava quase vazio. Parar num parque de campismo para ver se o conseguíamos encher, de forma a tentarmos chegar a alguma oficina. 12h30…oficina mais próxima a 15km que fechava às 13h…sim conseguimos…só que tivemos de esperar pelas 14h para o mecânico ir almoçar e depois nos vir remendar o furo.   


Chegámos finalmente à praia às 15horas, é bem… que assim não apanhamos a hora que o sol é nosso inimigo. Fomos pela primeira vez à Praia da Amália. Chama-se assim porque a Amália Rodrigues tinha ali uma casa. Estava cansada de ouvir o meu estagiário dizer que a praia era espectacular, era a praia preferida e então decidir ver se ele tinha razão. Moral da história: não é má, mas há melhores. Não é muito conhecida, não tem gente em demasia, tem uma espécie de cascata mas o mar estava cheio de algas que não deu para tomar banho e pareceu-me que também tinha muitas rochas.


No dia seguinte, não quisermos cometer o mesmo erro, e fomos para umas das minhas praias preferidas: antes de chegar à Zambujeira, perto da Herdade do Touril, eu chamo-lhe a Praia da Corda…mas andei agora aqui a investigar e parece que se chama Praia do Tonel. O areal é apenas acessível aos mais aventureiros, pois implica a descida da falésia a pique por carreiros estreitos pouco aconselháveis e que a certa altura tem uma corda para se conseguir descer agarrado…é quase fazer rappel. Não aconselhável a quem tenha vertigens, pouca agilidade ou muito bom senso.

Mesmo assim ontem a praia tinha cerca de 20 pessoas, um record. Quando fui a primeira vez só tinha um casal. Dessa vez, lembro-me também de um rapaz apaixonado que escreveu com pedras “Ana, namoramos?”. Foi embora e voltou umas horas mais tarde, acho que com a “Ana” para fazer o convite ao pôr-do-sol.

Estava mesmo a precisar de um fim-de-semana assim…

22.7.11

Alentejo...sugestões?


Tenho de sair de Lisboa desesperadamente este fim-de-semana para bem da minha saúde mental, mas não estou com paciência para grandes viagens. Pensei ali na zona do Alentejo...sugestões? o que me aconselham?

21.7.11

Maria, a motorista da Carris...



Hoje no autocarro das 7.45 foi uma festa. A Maria voltou e as velhotas ficaram felizes da vida. Já a conhecem há muito tempo mas ela tinha sido destacada para outras carreiras. Agora voltou por 3 dias.
A Maria é castiça, tem 35 anos, um sorriso simpático e é gentil – espera que as velhotas se sentem para arrancar com o autocarro. 

Eu não conheço tão bem a Maria, mas quando comecei a andar neste autocarro ela ainda o guiava. Passava o percurso a falar ao telemóvel (com auricular) e acabei também por conhecer um bocadinho da vida dela (que não vou revelar pormenores). Tenho curiosidade para saber era com quem ela falava todos os dias, antes das 8h da manhã…é que é muito cedo. 

Talvez por ser um autocarro só de bairro, muitas vezes são mulheres que fazem o percurso, não sei se são escolhidas ao acaso ou se é alguma política da Carris… mas sei que as velhotas criam um carinho especial por elas. 

Maria, volta sempre :)

Cara nova...



O blogue ganhou uma nova cara. O layout estava muito fraquinho, não tinha uma imagem de marca. Daí pedi à Calos do blogue Feridas e Calos para me fazer um. Ela, mulher de mil ofícios e artes, com negócios para orientar e três filhos para criar, fez-me este header num tempo record. O que tenho a dizer é que há pessoas muito generosas e que me deixam comovida, a sério. 

Disse-lhe apenas as coisas que gostava mas ela foi mais fundo e encontrou uma imagem com que realmente me identifico, … acho perfeita esta ilustração da Nicoletta Ceccoli para me retratar.  

Ainda ando aqui em testes de fundos…mas estava ansiosa para colocar o header. Então, gostaram?

Avante camarada

Catarina Eufémia

Um dia destes chamaram-me camarada no gozo. E isto porquê? Nas últimas autárquicas fiz parte da lista da CDU para junta de freguesia, como independente. Considero-me de esquerda mas não tenho um partido definido, depende do momento. Fiz parte da lista (em lugar não elegível), mais porque acreditava naquele que achava que seria o candidato, dado que me identificava com as suas ideias e do seu modo de pensar. Ele depois acabou por concorrer antes à câmara…e foi outro candidato no lugar…que apesar de tudo não me desiludiu.

Quando contei lá em casa que ia concorrer por esta lista, ia caindo o “Carmo e a Trindade”, ninguém me apoiou…e acho que ninguém votou em mim… :). Isto deu para perceber que ainda há um preconceito muito grande quanto ao Partido Comunista, se não pensam que “eles comem criancinhas” ainda anda lá perto. Até podem concordar com as ideias mas nunca iriam votar neste partido.

Apesar de ser uma lista jovem, por detrás estavam os veteranos. Não posso generalizar mas o pouco tempo que passei com eles pareceram do mais honesto e íntegro que há. Bem, e as histórias que contaram da época da ditadura até dão arrepios.

E pronto, hoje era isto…vou ali comprar bilhetes para a Festa do Avante e ler os livros do Manuel Tiago.

(PS – continuo sem ser camarada, também há muitas ideias que não concordo e a nível central a linguagem parece-me um bocado obsoleta)

20.7.11

Políticas de recursos humanos...





Senhores gestores de recursos humanos, aprenderam todos na mesma escola e, ao contrário dos candidatos que procuram, não sabem inovar?

1 - No mercado actual, só os jovens são considerados válidos. Tens mais de 35 anos… estás feito! As vagas são maioritariamente para menores de 35…é surreal. À medida que avanças na idade, apesar de já teres experiência e maturidade, o cenário vai piorando. Então se por acaso tens o azar de ficar desempregado com 50 anos, esquece lá isso… vais conseguir viver uns meses com o subsídio de desemprego e depois, se não tens um pé-de-meia, ou uma família empregada que te apoie, até teres idade para a reforma, vais passar mal. Ficas naquele limbo…ultrapassada para trabalhar mas nova para a reforma, e a situação arrasta-se anos. E querem aumentar a idade da reforma? Para quê?

2 – Quando se mostra um CV com muitos trabalhos diferentes, consideram mau, querem carreiras e consistência. Em vez de analisarem esses currículos numa perspectiva em que estes são muito fruto do mercado de trabalho que temos, acham que as pessoas é que são inconstantes. Embora exijam flexibilidade posterior nas funções…acabam por não valorizar as experiências realizadas em “trabalhos menores” (operador de call-center, estafeta, secretária, recepcionista,….).  

3 - Querem iniciativa, pró-actividade, dinamismo, para quê? Se depois nas empresas não dão espaço para novas ideias…tudo custa dinheiro, tudo é complicado, e preferem é que os empregados façam o que lhes mandam e não levantem muitas ondas.

Enfim, talvez isto não aconteça em todas as áreas, mas acontece demasiadas vezes. É favor inventar políticas de recursos humanos realistas e que se adaptem às pessoas reais...é que os requisitos são todos iguais e soa-me que querem uma pessoa muito específica para a vossa empresa. Obrigada

E agora uma coisa fofinha para começar bem o dia...



Este é um cover do clássico de Caetano Veloso O  Leãozinho, cantado pelo Zach Condon e os Beirut para  a colectânea Red Hot + Rio 2, que presta homenagem ao movimento tropicalista brasileiro.

Mas haverá coisa mais fofa do que este gajo a cantar com um sotaque esforçado esta melodia subtil?  No vídeo, Zach Condon partilha o seu nervosismo e o medo de cantar em português, língua que não domina, mas revela ter recebido a aprovação de uma vizinha fluente. Zach também mostra ao mundo os seus vinis brasileiros, e revela que Roda Viva, de Chico Buarque, é uma de suas músicas favoritas.

E pronto, se já gostava deles, agora fiquei com um carinho mais especial...

19.7.11

Histórias para crianças...

"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?

Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?"

José Saramago





Ando viciada em livros infantis...não sei o que me fascina mais, se as histórias e mensagens contidas, se as ilustrações magníficas.

Um dia faço um livro infantil no Story Jumper.

18.7.11

Bla, Bla, Bla...





«Obrigado pela tua candidatura aos Financiamentos Do Something no âmbito do Projecto “Tu precisas de mim eu preciso de ti”.

Queremos dar-te os parabéns pelo teu projecto e agradecer o teu interesse no Do Something.pt. No entanto, tal como podes ler no nosso site os financiamentos Do Something destinam-se a apoiar grupos/projectos informais de jovens. O Do Something não atribui financiamento a associações ou organizações formais, o grande objectivo do Do Something é apoiar grupos informais de jovens, já que para as organizações formais já existem linhas de financiamento.

Queremos saber notícias do vosso projecto, vão actualizando a página do vosso projecto no site Do Something. Qualquer questão, não hesites em contactar-nos e não te esqueças que podes divulgar oportunidades de voluntariado e notícias no site Do Something!»

Tanto tempo à espera da resposta do financiamento para dizerem simplesmente que não se enquadra....podiam ter dito logo.  Pensei que valorizassem parcerias, enfim...na candidatura até dizia que o financiamento era dado através de uma instituição e não ao próprio...então não percebo...Vou continuar a trabalhar sem dinheiro...como até agora...enfim...

Mandela day...


Hoje o Nelson Mandela faz anos :)

"É melhor liderar a partir da rectaguarda e colocar outros à frente, especialmente quando estamos a celebrar uma vitória por algo de muito bom que aconteceu. Mas deves tomar a linha da frente quando há perigo. Desta forma as pessoas irão apreciar a tua liderança."
Esta frase nunca me saiu da cabeça...sobre a liderança. Já não me lembrava muito bem como era a frase, mas tinha a imagem de alguém a empurrar a multidão. Sinceramente acho que deviam haver mais lideres deste tipo...que não querem protagonismo mas um objectivo maior.  Nunca fui muito de ter ídolos mas realmente este senhor chega-me ao coração.  Aconselho a lerem a biografia dele.

14.7.11

Um dia...

Um dia destes compro uma destas e vou por aí.....

Assis e Seguro



Este debate a tratarem-se por tu parece uma conversa de café.

Não simpatizo com nenhum dos dois mas este Seguro não me inspira "segurança". Mais um que se especializou na política e nunca fez mais nada. Tenho para mim que os políticos deviam ter uma especialidade, e cingirem-se á área temática...é que é impossivel conhecer tudo...pronto, é-se politico em geral. 

É como a Ministra da Agricultura e etc, etc...que confessa que não percebe nada da área...é sempre bom saber Assunção, fico muito mais descansada com a tua sinceridade.

Mas voltando ao Assis/Seguro...gosto da ideia do Assis de abrir o partido aos cidadãos. Só reinventado um novo modelo e não serem um clube privado e exclusivista é que a politica pode mudar de paradigma e aproximar-se da realidade...e dar um pequeno passo para chegar à democracia real.

13.7.11

Melhor moscatel do mundo...




O Moscatel de Setúbal Reserva 2006, da empresa Vinhos Venâncio da Costa Lima, foi considerado o melhor moscatel do mundo, ao ganhar o concurso Muscats du Monde, que se realiza em França e premeia anualmente os melhores moscatéis. I LIKE :)

A Lacuna...


 A LACUNA de Barbara Kingsolver

Comprei este livro por acaso. Apetecia-me um livro novo, parei numa papelaria do aeroporto, a caminho de casa, e voilá….este chamou por mim.

A personagem principal – Harrison Sheperd (ou Insólito) – é filho de pai norte-americano e mãe mexicana e meio desnaturada, nasceu nos Estados Unidos mas muda-se com a mãe para o México quandop esta foge com um diplomata. Em adolescente começa a trabalhar em casa de Diego Rivera e Frida Kahlo (acho que foi este pormenor que me fez comprar o livro, gosto muito dela). Trabalhou primeiro como cozinheiro, depois como secretário mas ambicionava ser escritor, o qual se torna mais tarde, de volta aos EUA. O jovem regista as suas experiências e vivências na casa Rivera em pequenos cadernos, esta rica em peripécias, não só pelo temperamento do casal mas também ela visita e permanência de Trotsky, que fugido da Rússia encontrou exílio no México.  

Quando Trotsky é assassinado, vai viver para os EUA, vivendo aí na época da 2ª Guerra Mundial e do período da Guerra Fria. Nessa altura começa a ter sucesso como escritor mas é um periodo negro na história do EUA, com uma verdadeira caça à bruxas a quem tiver a mínima ligação com o comunismo e mesmo quem não tiver.

Estou a gostar muito deste romance, que fala muito da questão da identidade, da ligação ao passado e de como a História pode alterar o percurso de cada pessoa. Parece que ganhou o Orange Prize for Fiction em 2010…eu, pelo menos, recomendo.

12.7.11

Job future...o que irá acontecer?


Os big boss foram todos para uma reunião para saberem o seu futuro  e o do nosso instituto público... Dentro de momentos o que será que vai mudar? Será que virão novos boys para os jobs? Será que vamos ser fundidos com outros? Será que alguém vai ficar sem emprego?

A emissão segue dentro em breve...

PS - decisão adiada até ao final do mês, mas certeza de cortes e reestruturações...Ficamos a aguardar.

11.7.11

Verões de infância1 # Nazaré

Quando era miúda ia sempre para a Nazaré, era a praia mais próxima...e no fundo a praia de todos os ribatejanos.  

O que tinha de bom (ou de mau, depende da perspectiva) é que encontravas sempre alguém conhecido…toda a gente da minha terra ia para a Nazaré.
Por vezes, sabe bem praias com agitação à volta e a Nazaré tem isso. Lembro-me que na hora de almoço quando estávamos a fazer a digestão sempre podíamos ir dar uma volta e ver :

as lojas e barracas

as nazarenas (as melhores relações públicas no turismo)

(nunca esqueci o zimmer... única palavra ou quase que sei em alemão)

o peixe a secar ao sol ( quem comerá aquilo, humm.)

O sitio


Levantávamos de madrugada, o caminho ainda era longo e as estradas não eram as melhores. Nessa altura, eu e os carros não nos dávamos muito bem…e havia sempre ali uma parte da viagem em que havia enjoo e vomitanço. Acho que era particularmente numa zona de eucaliptos… esses que ainda hoje lhes detesto o cheiro.

Chegávamos ainda cedo…tipo antes das 9h… e o tempo na Nazaré era sempre imprevisível. Tinha para mim uma teoria que o tempo na Nazaré era o sempre contrário ao tempo que fazia na minha terra. Se em Minde estava sol quando saíamos de casa, era porque na Nazaré estava nublado e vice-versa.  

todas as fotos do blog Nazaré Imagens com palavras

Mas o que era mais significativo na Nazaré? O mar “bravio”. Muita água salgada bebi nessa altura, muito enrolanço nas ondas, na minha perspectiva gigantescas e ferozes. E a água…gelada! Apesar de andar lá enfiada, aquilo era uma experiência traumática às vezes…embora divertida na maior parte dos casos.

Hoje estou assim...

8.7.11

só um beijo, dear..


Estas coisas das "tias" darem só um beijo irrita-me profundamente e acho uma profunda falta de educação. É uma cena elitista, e numa coisa tão simples com um cumprimento, é demonstrado todo um fosso classista.  Dar a outra face e ficar ali pendurado...e aquele momento de desconforto seguinte...dá-me vontade é de lhes dar um estalo.

7.7.11

best marriage proposal ever...

Vi este video do blog Casarei e tive de partilhar. O Flash Mob dos pedidos de casamento...muito bom.
No inicio receei mas depois é sacar do lenço de papel e ir por aí fora...e sempre a melhorar.  


Privatize-se...




«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, ...privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»


José Saramago in Cadernos de Lanzarote

6.7.11

Kate Middleton vestida de acér

A Kate Middleton foi ao Canadá e vestiu-se a rigor tendo por mote a bandeira canadiana.



Tudo em branco e vermelho e com uma folha de acér na cabeça e também bordada no vestido.



Até achei que estava gira. Será que se ela um dia vier a Portugal poderemos vê-la em tons de vermelho e verde e com quinas ou esferas no chapéu? Vá, começa a inspirar-te.

4.7.11

Interrupções vs. Produtividade



No local de trabalho, um trabalhador regular é em média interrompido a cada 8 minutos, ou aproximadamente 7 vezes por hora o que significa 50 a 60 vezes por dia. A média de cada interrupção é de 5 minutos o que totaliza 4 horas ou 50% do dia de trabalho. 80% destas interrupções são classificadas como sendo de pouco valor ou desnecessárias, criando aproximadamente 3 horas de tempo perdido por dia.

Vi este estudo apresentado por um sociólogo num programa da SIC. Tenho a dizer que quem provoca mais interrupções ao meu trabalho é a minha chefe, diria aí por volta dos 80 %, ou seja, é ela que me dá cabo da produtividade. Nem sei se é de 8 em 8 minutos, nunca cronometrei, mas deve andar lá perto.

Hoje estou assim...

"'Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio, 
Todos os lugares onde estive, 
Todos os portos a que cheguei, 
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, 
Ou de tombadilhos, sonhando, 
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.' 

Trecho de Passagem das Horas, de Fernando Pessoa"

Juntar feriados


Não percebo como é que juntar feriados ao fim-de-semana aumenta a produtividade do país. Alguém me explica? Quando é feriado à 5ªfeira e quero ter fim-de-semana prolongado ponho um dia de férias. Se eles juntarem ao fim-de-semana e o feriado passar a ser à 6ªfeira, tiro a 5ªfeira. Não percebo o que é que altera, é que não me dão pontes (tirando no Natal ou talvez na Páscoa), por isso tenho de meter férias dos 22 dias por direito... Por isso vai dar ao mesmo.

1.7.11

Kit...saudades de Lisboa

Tenho uma grande amiga que faz anos domingo. Vivemos juntas durante alguns anos mas ela o ano passado voltou para a terra de origem. Anda cheia de saudades de Lisboa e não tem tido tempo para vir cá...
Então pensei...que lhe vou dar este aniversário? Ela não liga a coisas caras, prefere prendas simbólicas e emocionais.

Plim! : - Talvez um bocadinho de Lisboa para matar saudades...

Vai daí, depois de uma passagem por 2 lojas de souvenirs na Baixa na hora de almoço... compus um Kit "Cheira a Lisboa" (quadro, crachás, íman,  bloco de notas, postais, marcador de livros), ao qual ainda vou juntar uns poemas de Fernando Pessoa...e vai seguir pelo correio.
Espero que ela goste!


KIT CHEIRA A LISBOA






Não resisti e acabei por comprar um quadro para mim. A Bica é linda!!!!!!